domingo, 17 de abril de 2011

Tolerância é a Palavra de Ordem


Um mundo de diferenças. Vivemos numa sociedade cada vez mais diversificada. Interagimos com pessoas de diferentes etnias, religiões e culturas que enriquecem a nossa vida, trazendo novas idéias e energia. Salas de aulas estão cada vez mais diversificadas refletindo as comunidades onde as famílias vivem e trabalham. No entanto, não estamos longe de olhares e atitudes preconceituosas. O que é diferente, naturalmente, chama a atenção, mas a opção de ser diferente dos padrões comportamentais impostos por uma sociedade é uma batalha a ser travada dia a dia.
Muitas crianças estão muito à frente de seus pais quanto às diferenças culturais. Seu círculo de amigos, os colegas, e suas equipes esportivas são muito mais variadas do que aqueles de uma geração atrás. Ainda assim, os pais devem ajudar seus filhos a aprender a trabalhar com essas diferenças. 
Ensinar a tolerância é importante não apenas porque é uma virtude, mas porque a pessoa que aprende a ser aberto às diferenças, aprende a respeitar e, consequentemente, a ser respeitado; a ter mais oportunidades na educação, negócios e muitos outros aspectos da vida. O sucesso no mundo de hoje - e amanhã - depende da capacidade de entender, valorizar e trabalhar com outras pessoas.
Tolerância refere-se a uma atitude de aceitação e respeito pelas diferenças que existem entre as pessoas. Os conceitos de diversidade e  tolerância podem também ser aplicados ao sexo, etnia, religião, pessoas com diferenças físicas e intelectuais, portadores de necessidades especiais, e outros.
A tolerância significa respeitar e aprender com os outros, valorizando as diferenças, rejeitando estereótipos injustos, descobrindo um terreno comum. Em muitos aspectos, é o oposto do preconceito.
Mas será que a tolerância significa que todos os comportamentos devem ser aceitos? Certamente que não. 
Comportamentos cujo objetivo é denegrir a honra ou desrespeitar; que quebram valores morais e éticos, não devem ser tolerados. 
A tolerância é aceitar as pessoas pelo que elas são, repudiando o mau comportamento. Significa, também, tratar os outros como você gostaria de ser tratado.
Através de algumas atitudes, a tolerância é ensinada de maneira sutil, dentro do próprio lar. Mesmo antes de poderem falar, as crianças vêem e imitam os seus pais, ao longo de seu desenvolvimento criam seus próprios valores, em grande parte, espelham os valores e as atitudes daqueles que as educam. O ensinamento vem dos próprios pais, vivendo os seus valores, demonstrando tolerância na sua vida quotidiana, como conseqüência, os filhos aprendem a apreciar as diferenças. Evidentemente que, celebrar as diferenças dos outros não significa, por exemplo, abrir mão de seus valores e de sua tradição cultural e religiosa.
Uma maneira de ensinar a tolerância aos filhos, começa na reflexão de suas próprias atitudes. Se estão valorizando a diversidade; se estão demonstrando uma atitude de respeito pelos outros.
Analise a maneira como você fala sobre pessoas que você julga ser diferente; não faça piadas que perpetuam estereótipos. Apesar de parecerem uma diversão inofensiva, podem desfazer as atitudes de tolerância e respeito, além de causar danos morais irreparáveis. 
Selecione livros, brinquedos, música e vídeos com cuidado. Tenha em mente o efeito poderoso da mídia  na formação de atitudes. Fale sobre  estereótipos injustos que podem ser retratados em mídia. Mentir para preservar ou proteger alguem de uma realidade que precisa ser vivida é uma atitude desleal e ofensiva à dignidade humana. Responda aos questionamentos sobre as diferenças, de forma sincera e respeitosa. Reconheça e respeite as diferenças dentro de sua própria família, mas perceba que a tolerância não significa tolerar um comportamento inaceitável, muito menos ficar inerte a tal situação. O feedback é uma forma de ajudar seu filho a se sentir bem consigo. Crianças que se sentem mal sobre si mesmas, muitas vezes tratam os outros mal. Nessa hora, é importante trabalhar a auto-estima dessa criança, pois fortalecendo a auto-estima, a criança fica mais propensa a valorizar e respeitar a si mesmo e a tratar os outros com respeito. Mas lembre-se que aumentar a auto-estima não é só proferir palavras de incentivo ou conceder recursos materiais, é necessário deixar claro a necessidade de atitude, de uma mudança de comportamento benéfica que vai refletir de forma positiva na sociedade.